domingo, 16 de outubro de 2011



meu coração deu ordem de despejo
você não é um cantor sertanejo
pode berrar que eu não vou não

(Zeca Baleiro, in ‘Papelão’)

domingo, 11 de setembro de 2011



"Tente passar pelo que estou passando
Tente apagar este teu novo engano
Tente me amar pois estou de amando
Baby, te amo, bem sei que te amo"

(Luiz Melodia – ‘Pérola Negra’)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

seu coração disse pra sua cabeça, vá, e sua cabeça disse pra sua coragem, vou, e sua coragem respondeu, vou nada, mas sua boca não ouviu e beijou (Adriana Facão, in ‘A máquina’)

sábado, 3 de setembro de 2011

taça de champanhe
um disco rodando sempre o mesmo lado
crise
um telefone ao alcance da mão
um número decorado na cabeça
e uma aflição no coração
é aí que mora o perigo


(Martha Medeiros, in ‘Poesia Reunida’)

terça-feira, 23 de agosto de 2011


Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, histórias de santos e demais evoluídos do planeta. (Fernanda Mello, in ‘é dando que se recebe’, publicado em seu blog em 28/10/2008)

terça-feira, 26 de abril de 2011

O mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas – mas que elas vão sempre mudando. (Guimarães Rosa, in ‘Grande Sertão Veredas’)

segunda-feira, 18 de abril de 2011


Não há alegria pública que valha uma boa alegria particular. (Machado de Assis, in ‘Memorial de Aires’)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras; e por tudo isso, ando cada vez mais só. (Caio F. Abreu, in “Caio 3D: O essencial da década de 90”- Correspondência: à Guilherme de Almeida Prado)

terça-feira, 29 de março de 2011


Bate outa vez

Com esperanças o meu coração

Pois já vai terminando o verão, enfim!

(Cartola, in 'Bate outra vez)

segunda-feira, 28 de março de 2011

Para que Carina não tivesse se tornado a mulher odiosa que se tornou, teria que nascer de novo ou sofrer amnésia profunda e irreversível, porque ninguém consegue se esquecer da dor do desprezo. (Fernanda Young, in ‘À sombra de vossas asas’)

quinta-feira, 24 de março de 2011



Acredito em saudade, sei o quanto uma ausência pode doer, provocar contração muscular e até náusea. (Martha Medeiros, in ‘Divã’)

quarta-feira, 2 de março de 2011


o que faço de bom faço malfeito
pareço artificial quando sincera
mera falta de jeito pra viver
sou a filha predileta do defeito
(Martha Medeiros, in ‘Poesia Reunida’)

terça-feira, 1 de março de 2011


Limpa suas feridas. Limpa sua alma. Faz uma faxina nesse coração. E – preste atenção- faz isso logo. Porque dá rato. (Fernanda Mello, in ‘Feng- Shui interior’, publicado em seu blog em 15/08/2008)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Quem sorri sempre ou é um idiota total ou tem a dentadura mal ajustada. (Millôr Fernandes, in ‘O livro vermelho dos pensamentos de Millôr’)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


“Ah, o amor é estar no inferno ao som da Ave Maria!”
(Aldir Blanc, in ‘Nem cais nem barco’)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

No Brasil quem não é canalha na véspera é canalha no dia seguinte.
(Nelson Rodrigues - Frase extraída do livro ‘Flor de Obsessão’, seleção de Ruy Castro)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Ainda pretendo escrever um livro de antiajuda: 'Como fazer inimigos e repelir pessoas'. Várias lições.
(Clarah Averbuck, em texto publicado em seu blog em 05/03/2010)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O que será ser só
Quando outro dia amanhecer?
Será recomeçar?
Será ser livre sem querer?

(Chico Buarque, in ‘Abandono’)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Da saudade na campa enegrecida
Guardo a lembrança que me sangra o peito,
Mas que no entanto me alimenta a vida.
(Augusto dos Anjos, in ‘Saudade’)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

"Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis..."
(Machado de Assis, in ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


quantas coisas
um sonho quer dizer
e não diz?

(Alice Ruiz, para um psicanalista)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011


Palavras comportam pessoas, paisagens, todas as formas de amor, silêncios.
Palavras cometem bilhetes, sonetos, cartas, contratos.
Palavras confortam, instigam, preenchem.
Palavras também se ausentam, entendem vazios.
Palavras constroem histórias, imagens, conceitos.
Palavras aceitam tudo, palavras não têm preconceito.

(Marla de Queiroz, publicado em seu blog em 29/06/2010)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011


Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
(Cecília Meireles, in ‘Motivo’)

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011


Chorou até a vontade de chorar secar por completo, deixando no lugar onde estava, bem no meio do peito, um vazio que vagamente incomodava. (Adriana Facão, in ‘A máquina’)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Se pudesse escolher ter o grau de paixão de um fanático, em relação a todas as coisas, escolheria uma paixão mais desmilinguida? (Alexandre Soares Silva, in ‘Já que ninguém fala bem de fanático’, publicado em seu blog em 22/11/2009)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Quando o sol estava se tornando insuportável — porque sempre chega um momento em que até o bom se torna insuportável. (Caio F. Abreu, in ‘O ovo apunhalado’)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011


o término da nossa relação
foi pra mim um choque térmico
não senti mais teu calor
nunca te vi tão frio
(Martha Medeiros, in ‘Poesia Reunida’)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

-Camila?
– Hmmm oi. Tava aqui fazendo as contas.
– Hein?
– As contas. Me perdi nos pontos, sou um verdadeiro lixo em matemática.
– A conta do bar?
– Não, a minha.
– Como assim?
– Eu sou uma máquina de pinball.
– Ah...
Ah?
– Tem que apertar os botões certos na hora certa pra ganhar?
(Clarah Averbuck, in ‘Máquina de Pinball’)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011



É sofrendo que se aprende.
(Machado de Assis, in ‘Pílades e Orestes’, extraído de “Contos - Uma Antologia, Vol. 2”)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011


Eu careço de que o bom seja bom e o rúim ruím, que dum lado esteja o preto e do outro o branco, que o feio fique bem apartado do bonito e a alegria longe da tristeza!(...)Este mundo é muito misturado.

(Guimarães Rosa, in ‘Grande Sertão Veredas’)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011


Não vejo heroísmo no coitadismo. (Fabrício Carpinejar, texto publicado em seu blog em 15/06/2010)

domingo, 16 de janeiro de 2011


A alma enruga antes da pele.
(Millôr Fernandes, in ‘Millôr definitivo- A bíblia do caos’)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

"Tenho visto pessoas demais, falado demais, dito mentiras, tenho sido muito gentil. Quem está se divertindo é uma mulher que eu detesto (...)”
(Clarice Lispector - Em carta às irmãs, em janeiro de 47, de Paris)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011


tenho urgência de tudo
que deixei pra amanhã
(Martha Medeiros, in ‘Poesia Reunida’)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sobrou desse nosso desencontro
Um conto de amor
Sem ponto final
(Chico Buarque, in ‘Desencontro’)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011


Não estatize meus sentimentos. Para o seu governo, o meu estado é independente. (Renato Russo, in ‘Baader-Meinhof Blues’)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011


Se analisarmos nossas reações, a vida de solteira é mesmo um parque de diversões. (Fernanda Mello, in ‘Eu odeio parque de diversão!”, publicado em seu blog em 15/08/08)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O caminho é este
tem pedra, tem sol
tem bandido, mocinho
tem você amando
tem você sozinho
é só escolher
ou vai, ou fica.

Fui.


(Martha Medeiros, in ‘Poesia Reunida’)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011


Todos os homens do mundo têm entre 12 e 18 anos. Todos, todinhos. Os de 18 são os que têm namorada, carro e emprego. (Clarah Averbuck, in ‘Máquina de Pinball’)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. (Milan Kundera, in ‘A insustentável leveza do ser’)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011


Ser bonita não interessa. Seja interessante.
(Nelson Rodrigues, in ‘A mulher interessante’, crônica do livro ‘A cabra vadia’)

domingo, 2 de janeiro de 2011

FILME: NOME PRÓPRIO


Algumas vezes quebram minhas pernas, chutam minha cara, pisam nos meus dedos. Eu sobrevivo. Tenho sobrevivido. Sou marcada, sim. Mas faço valer cada uma das minhas cicatrizes.

[Trecho final do filme ‘Nome próprio’]


NOME PRÓPRIO

Sinopse: Camila (Leandra Leal) tem a escrita como sua grande paixão. Intensa e corajosa, ela busca criar para si uma existência complexa o suficiente para que possa escrever sobre ela. Ela escreve compulsivamente em um blog, só que isto faz com que também fique isolada.
Direção: Murilo Salles
Drama
Brasil, 2008