segunda-feira, 11 de janeiro de 2010


Gosto de parque, de circo e tenho medo de cama elástica. É para os coordenados.
Não gosto de nada encravado, nem pêlo ou palavra. Muito menos raiva.
Gosto de pingo de chuva no rosto quando estou feliz, e na janela do quarto quando estou triste.
Nunca olho pra estrelas, e não sei se consigo entender aqueles que as olham todas as noites. Simplesmente esqueço que elas existem.
Não gosto de ir embora, nem de deixar as pessoas irem.
Gosto de beijo, de abraço, de abraço e de beijo...
Não gosto que me cutuquem.
Gosto de pessoas que me falam a verdade e de pessoas que me fazem sorrir (isso não precisa ser ao mesmo tempo).
Sou desorganizada. Mas não queria ser.
Odeio celular. Ainda guardo a nostalgia de poder me esconder atrás do telefone fixo de casa, aonde simplesmente ‘não estou para ninguém'.
Acredito que somos aquilo que já vivemos. Hoje agradeço meus pais pelos tantos “nãos” que ouvi na infância.
Nunca quebrei nada, mas queria um gesso cheio de declarações e assinaturas dos meus amigos.
Sou desastrada. Coleciono pontos e cicatrizes. Pelo corpo, e pela alma.
Já chorei de tristeza e de alergia. Acho que nunca de felicidade. Se estou feliz, rio e sorrio.
Já quis dormir durante dois meses e também já quis ficar acordada durante 120 horas.
Queria usar óculos na adolescência. Hoje uso e penso se não seria mais fácil operar logo de uma vez.
Meu gosto musical é antiquado. Minhas opiniões são conservadoras. Eu, pessoalmente, nem tanto.
Já quis aprender a tocar um instrumento musical. Mas me limito a tocar campainha.
Já fiz amigos de infância numa noite.
Já viajei e não quis voltar, e quando cheguei descobri que a minha casa é o melhor lugar do mundo.
Já sonhei acordada e já falei dormindo. Acredito que o mundo dos sonhos é um lugar onde a vida pode ser perfeita. Por isso mesmo, é um lugar só para passear, morar lá direto nos tiraria toda a capacidade de mudar.
Já me machuquei jogando bola e acreditando em quem não devia.
Já passei a noite acordada preocupada porque tinha que dormir.
Já descobri que parar o tempo é fácil, basta parar de fazer tudo e encarar o relógio. E logo depois descobri que isso só me faz perder bem mais tempo.
Já chorei debaixo do chuveiro pra lavar o corpo e a alma e descobri que lavar o corpo é bem mais fácil.
Já ri até a barriga doer e ficar com falta de ar.
Já quis ir embora pra Pasárgada por achar que aqui eu não sou feliz.
Amar, definitivamente me torna uma pessoa muito melhor.
Amo muito os meus pais e meu irmão. Mais que tudo na vida!
Meu nariz fica gelado quando estou com frio, minhas mãos quando estou nervosa e meu coração eu ainda não sei como.
Tenho vergonha de quase tudo. Digo isso sabendo que quase ninguém acredita.
Beijar na boca debaixo de chuva tem outro gosto.
Acredite em mim e não vou ter coragem de mentir pra você.
Sei lidar melhor com a raiva do que com a decepção, mas aprendi que no final tudo se resume a indiferença. Evitar a fadiga ainda é a melhor solução.
Amo a noite. Seja pelo silêncio da madrugada, ou pela barulheira de uma balada. À noite, quando todas as luzes se apagam, minhas idéias simplesmente se acendem.
Não sei dançar. Mas adoraria saber.
Falo muito e rápido, mas normalmente me faço entender (eu disse normalmente).
Um amigo de verdade não se perde com a distância.
Pupila e sorriso me dizem muita coisa. Mas menos do que um abraço. É nele que carrego todo meu sentimento.
Tenho saudade de muita gente, de muita coisa e de muitos lugares. Sei que um dia vou ter saudade muitas coisas que hoje não dou a menor importância. E sei que vai doer. Mas não sei se vou aprender.

Nenhum comentário:

Postar um comentário